Aplicar princípios de um Diesel num motor a gasolina, é isso, em termos simples, a base de uma nova tecnologia da Mazda. Chama-se Skyactiv X, assenta num bloco 2.0 litros, melhora consumos e emissões e isso não impede que debite 180 cv… Equipa o novo CX-30 e o Mazda 3, ambos já à venda em Portugal.

A Mazda é uma das marcas que não se cansa de inovar, explorando novos caminhos e defendendo princípios muito próprios. A tecnologia Skyactiv é o princípio a partir do qual, nos últimos tempos, se tem desenvolvido a progressão tecnológica da marca nipónica. E que agora dá mais um passo, pelo menos criativo, na busca do motor a combustão ideal como o bloco Skyactiv X.

Pela primeira vez na indústria automóvel, segundo a Mazda, é explorada num motor a gasolina a ignição por compressão dos Diesel. Um sistema designado SPCCI (Ignição por Compressão Controlada por Faísca) permite, explica o construtor, “que o motor alterne, sem que seja percetível, entre a ignição por faísca convencional e a combustão através de ignição por compressão, recorrendo a uma faísca para desencadear ambos os processos de combustão”.

Uma breve experiência ao volante deu para perceber que esta NOVA motorização revela-se muito suave e solta, capaz de ganhar rotações num crescendo natural, com boa resposta, mas sem grandes explosões. É aquilo a que habitualmente chamamos um “motor redondo”

O Skyactiv X implica a utilização de uma vela especial e consegue que o motor opere durante período significativo num modo muito eficiente, de que temos informação através da indicação “SPCCI” no painel de instrumentos. Só no arranque a frio, nas fases de aquecimento e, claro, em cargas muito elevadas, o sistema não funciona. Quando isso acontece, e sem que ao volante se dê conta de qualquer alteração, o motor entra em funcionamento normal.

Ganhos nas emissões de CO2 e NOx

A Mazda acrescenta que com evoluções especialmente significativas a baixas rotações do motor – e isso fica claro na condução – o Skyactiv X, além de melhorar os consumos, reduz as emissões de CO2 e NOx.

Aos 180 cv às 6000 rpm, a nova motorização junta o binário máximo de 224 Nm às 3000 rpm (mais dez por cento do que o Skyactiv G). No que respeita aos consumos, os valores WLTP apontam para números entre os 5,4 e os 6,9 litros aos 100, com emissões de CO2 entre os 122 e os 157 g/km, no Mazda 3; no caso do novo SUV CX-30, há um ligeiro aumento: consumos entre os 6,9 e os 7 litros aos 100 e emissões de CO2 variando entre os 133 e os 160 g/Km.

No desenvolvimento deste motor, a Mazda diz ter melhorado “os sete factores de controlo que têm uma elevada influência na eficiência de um motor de combustão interna: relação da compressão (que precisa de ser elevada para se alcançarem as condições de elevada temperatura e pressão exigidas), o timing da combustão perto do denominado ponto morto superior (que é encontrado na ignição por compressão), e um período de combustão em que todo o combustível queima em simultâneo.”

Uma breve experiência ao volante deu para perceber que esta novo motorização revela-se muito suave e solta, capaz de ganhar rotações num crescendo natural, com boa resposta mas sem grandes explosões. É aquilo a que habitualmente chamamos um “motor redondo”.

No que respeita a preços , o Mazda 3 com o Skyactiv X tem preços desde 30 874 euros, para o hatchback, e 34 325 euros, para o sedan. Quanto ao CX-30, a oferta arranca nos 33 605 euros.