Estilo conhecido com a grelha a fazer a diferença (Foto Mitsubishi)

Mais pesado, o ASX PHEV mantém boa postura em estrada (Foto Mitsubishi)

Na traseira, óculo pequeno e portão generoso (Foto Mitsubishi)

Ecrã vertical, volante bem dimensionado num interior simpático (Foto Mitsubishi)

A modularidade é um dos argumentos do ASX (Foto Mitsubishi)

Eletrificação prejudica a capacidade da bagageira (Foto Mitsubishi)

Inscrição Mitsubishi domina o portão traseiro (Foto Mitsubishi)

Junto às portas dianteiras a designação da diferença (Foto Mitsubishi)

Os três diamantes brilham na dianteira (Foto Mitsubishi)

A gama Mitsubishi ASX, o tal primo do Captur, não dispensa a versão PHEV ela também a solução Renault. Logo, as diferenças continuam a ser emblemas, designações e a grelha. Além de uma bagageira mais pequena por via da eletrificação. O resto é o que se sabe e um Plug-in interessante que pode compensar na utilização elétrica a considerável diferença de preço. Este custa 37 390€ (mais 7 400€ do que o mild hybrid com os mesmos 160 cv).

O ASX PHEV tem sob o capô um 1600 de 92 cv, combinado com dois motores elétricos de 67 e 34 cv respetivamente, o último com funções de gerador. O conjunto vale a potência combinada de 160 cv e o binário de 300 Nm, geridos pela conhecida caixa automática multimodo da Renault. A bateria tem 9,8 kWh de capacidade útil. Existe o tradicional sistema My Sense, selecionado por defeito e a determinar uma utilização que privilegia o modo elétrico, Pure, Sport, para tirar todo o rendimento do conjunto, com uma direção mais “pesada”. Enfim, E-Save para gerir de forma racional o aproveitamento ambiental da bateria, guardando a energia para os locais onde faz mais sentido rolar em modo elétrico.

A autonomia prometida em modo elétrico anda entre os 48 e os 62 quilómetros em cidade. Num dia de calor intenso, ar condicionado ligado, entre via rápida, autoestrada e alguma cidade, sem grandes preocupações de poupar e com a transmissão no B para tirar o maior partido da regeneração, fiz 36 quilómetros em modo elétrico (o aproveitamento indicava 71%), mas, valha a verdade, fiquei convencido de que é fácil fazer melhor.

De todo o modo, em 50 km ainda não tinha consumido um litro de combustível e fiquei impressionado com a forma como o ASX mantinha a bateria em níveis sempre distantes do  mínimo e a regeneração se , levando a surgir, com grande frequência no painel de instrumentos, a indicação EV, portanto aviso de andamento em modo elétrico.

As virtudes e as questões de rentabilidade económica dos dos Plug-in é o que encontramos no ASX PHEV, topo de gama do Mitsubishi para o modelo que veste a carroçaria do Renault Captur e replica a mecânica. Mala mais pequena é a limitação do SUV com 160 cv e autonomia elétrica prometida entre os 48 e os 22 quilómetros.

Para atestar desta capacidade, facto é que ao cabo de 106 quilómetros tinha percorrido 63 em modo elétrico, 72 com emissões zero, consumido 3,1 litros de gasolina com um consumo médio de energia de 8,9 kWh/100 Km. E só tinha um aproveitamento de 60% na condução, segundo o computador de bordo.

Vale sempre a pena lembrar, que os PHEV são para carregar todos os dias (com wallbox, três horas bastam…), pois uma vez terminada a carga temos um híbrido menos eficiente e mais pesado (neste caso mais de 330 quilos) e menos económico do que as versões auto recarregáveis convencionais. É uma opção que importa sempre avaliar com uma calculadora para desfazer as dúvidas sobre as vantagens do investimento face à utilização normal do automóvel.

Mais uma proposta eletrificada com solução PHEV (Foto Mitsubishi)

Aumento do peso não prejudica conforto

A diferença de peso traz ainda alterações que, naturalmente, fazem sentir-se na condução. O ASX PHEV, no entanto, continua a ser um carro cómodo, apesar de a suspensão, mais firme e seca do que esperamos e como já se sabia do Captur, explicar a resistência à inclinação da carroçaria em curva e um comportamento são e previsível, mesmo que o resposta não surpreenda pela agressividade, até por a direção a isso não ser propensa.

No mais, aquilo que se sabe: posição de condução ligeiramente elevada, e como acontece nos Renault, bancos com bom apoio lateral. Quem gosta de ver a frente, vai ter, no entanto, de levantar muito o banco.

Painel de instrumentos digital ecrã tátil verticalizado (9,3″), ao estilo de tablet assente no tablier em posição correta – não é preciso baixar os olhos para operar o sistema Easy Connect… – meia dúzia de teclas para “atalhar” algumas funções, o que continuo a achar que dá muito jeito, tudo simplificado, e também o travão de parque elétrico, com auto-hold. O resultado é um ASX, mais amigável e com a informação adequada a um Plug-in.

Banco traseiro móvel é mais valia

Habitabilidade muito razoável na dianteira, à medida das necessidades atrás, já que o banco tem um curso transversal de 16 cm, solução que permite ter um espaço invulgar para as pernas ou potenciar a bagageira. O banco traseiro, reclinável, rebatível e sem a possibilidade de contar com apoio de braços central, é mais cadeira do que cadeirão, e o mesmo é dizer “durinho”, na opinião de quem viajou atrás. A “dobradiça” que permite o rebatimento das costas do banco (60×40), é demasiado proeminente a acaba por condicionar a forma como nos sentamos.

No que respeita à bagageira, é penalizada na capacidade, 221/1 118 litros. Apresenta, sem surpresa, plano de carga elevado, com os inconvenientes próprios quando se carrega algum objeto mais pesado.

A versão Intense oferece razoável pacote de equipamento. A saber, bancos em tecido e pele sintética, ar condicionado automático, câmara traseira e sensores de estacionamento à frente e atrás, reconhecimento de sinais com limitador de velocidade, sistema de manutenção na faixa de rodagem e aviso de saída, cruise control com limitador, travão de parque elétrico, arranque sem chave, travagem de emergência, sistema multimédia com ecrã de 9,3 polegadas compatível com Android Auto e Apple CarPlay, painel de instrumentos digital, luz ambiente multi sense, faróis full LED com máximos automáticos, retrovisores retráteis elétricos, jantes em liga de 17 polegadas.

As virtudes e as questões de rentabilidade económica dos dos Plug-in é o que encontramos no ASX PHEV, topo de gama do Mitsubishi para o modelo que veste a carroçaria do Renault Captur e replica a mecânica. Mala mais pequena é a limitação do SUV com 160 cv e autonomia elétrica prometida entre os 48 e os 22 quilómetros.

FICHA TÉCNICA

Mitsubishi ASX Intense

Motor: 1 598cc

Potência: 92 cv/5 600 rpm

Binário máximo: 144 Nm/3 200 rpm

Motor elétrico: síncrono, imane permanente+ gerador, 34 cv

Potência: 67 cv/2 300-7 500 rpm

Binário: 205 Nm/0-2 300 rpm

Bateria: 10,46 kWh, 345 V, iões de lítio (192,5 kg)

Potência combinada: 160 cv

Binário combinado: 300 Nm

Transmissão: caixa automática multimodo com seis velocidades

Aceleração 0-100 km/h: 10,1 s

Velocidade máxima: 170 km/h (135 km/h em modo elétrico)

Consumo: misto – 1,3 l/100 km (13,3 kWh/100 km)

Autonomia: 48 km (combinado), 62 km (ciclo urbano)

Emissões CO2: 30 g/km

Dimensões: c/l/a – 4,228;1,797:1,573 m

Peso: 1 634 kg

Bagageira: 221/1 118 litros

Preço: 37 490€ (empresas, 27 490€+IVA)