Tradição Colt veste roupagem da Aliança para voltar à Europa (Foto Mitsubishi)

Lettering exibido com força e sem preconceitos (Foto Mitsubishi)

No interior, a diferença está no emblema do volante (Foto Mitsubishi)

Os diamantes em relevo no centro da grelha (Foto Mitsubishi)

Identificação na tampa da mala (Foto Mitsubishi)

O regresso da Mitsubishi à Europa continua a fazer-se com o suporte da Aliança, no caso através de modelos Renault. E agora chegou a vez do Colt vestir a roupagem do Clio, depois do mesmo ter sido feito com o Captur e o ASX.

Interessa pouco dissertar sobre a decisão (a Mitsubishi até registou uma subida nas vendas!) e mais sobre o que é palpável. Este Colt recorre à base de um segmento B com longo historial e imagem forte e consolidada. E com isso não desmerece uma tradição de seis gerações da marca nipónica que, em Portugal, iniciou-se em 1978 e leva mais de 25 mil unidades vendidas desta sua referência.

As diferenças entre os Colt e os Mitsubishi resumem-se a pormenores. A frente que faz por recuperar a imagem do Dynamic Shield com relevo para os três diamantes. Atrás, em relevo no portão, a afirmação de marca da Mitsubishi estampada em lettering cromado. A mala passa a abrir no rebordo inferior e a meio do portão existe uma aplicação que esconde a câmara traseira.

É uma maquilhagem simples mas que, ainda assim, transporta alguma identidade, mesmo que possa causar estranheza a alguns. No fundo é quase como se houvesse outra versão do Clio.

No interior, exceção feita ao emblema Mitsubishi no centro do volante, temos o estilo conhecido, materiais de boa qualidade e construção cuidada. Painel de instrumentos digital configurável com sete polegadas a mesma medida do ecrã central, este o Smartphonelink Display Audio, com conectividade Apple CarPlay e Android Auto, acessíveis por comando vocal através, respetivamente, dos interfaces Siri ou Google Assistant. Há portas USB e carregamento por indução, este de acordo com a versão.

Dynamic Shield procura a identificação com imagem de família (Foto Mitsubishi)

No que respeita à habitabilidade é razoável à frente, mais vulgar atrás, com o túnel a roubar mobilidade. Vale que os pés podem passar sob o fundo dos bancos dianteiros o que dá mais algum desafogo. De qualquer modo, cinco pessoas é exercício de boa vontade. Nada que surpreenda nestas dimensões.

No que respeita à bagageira, 391 litros que podem chegar aos 1069 com o banco traseiro rebatido.

Dois motores a combustão, 65 e 90 cv, consumos simpáticos (5,2 l/100 Km) e aí temos um Clio vestido de Mitsubishi Colt, o que, a julgar pelas vendas do ASX/Captur, não parece fazer confusão aos clientes do segmento B – e sobretudo da mArca nipónica. Os preços podem começar nos 16 450€

As motorizações são duas, com base no três cilindros 1.0 da Renault. Uma versão aspirada, com 65 cv (95 Nm de binário máximo) e caixa manual de cinco velocidades; outra turbo, a debitar 90 cv (160 Nm de binário máximo) e com caixa manual de seis velocidades. Ambos anunciam consumos de 5,2 l/100 km no ciclo combinado WLTP. Em termos de emissões de CO2, 118 e 117 g/km.

Três versões, uma delas limitada a 50 unidades de lançamento

A oferta divide-se por três versões: Kioto, exclusiva para a versão de 65 cv; Invite e Launch Edition, limitada a 50 unidades e ambas com a motorização de 90 cv.

O nível de acabamento é considerável logo desde o Kioto que conta com faróis dianteiros Full LED, espelhos com rebatimento elétrico, ar condicionado automático, volante forrado a pele sintética, câmara traseira com sensores de estacionamento, acesso sem chave e cruise control. A versão Invite acrescenta jantes de liga leve de 16” e vidros traseiros escurecidos. Quanto ao Launch Edition integra jantes de liga leve de 17”, bancos forrados a tecido e pele sintético, moldura de vidros cromada, antena tipo “barbatana de tubarão” e defletor de ar traseiro em preto.

Além dos sistemas de segurança incluídos de série em todas as versões – nomeadamente mitigação de colisão frontal, aviso de saída de faixa e assistência à manutenção na faixa de rodagem – estão disponíveis outras tecnologias consoante as versões de equipamento, tais como faróis de máximos automáticos, aviso de ângulo morto, cruise control adaptativo e reconhecimento de sinais de trânsito.

Em termos de preços temos: Kioto – 18 490€; Invite – 21 450€; Launch Edition – 22 60€. A Mitsubishi propõe uma campanha com financiamento que baixa os preços, respetivamente, para 16 540€, 19 500€ e 20 650€.

Ainda não está decidida a comercialização normal da versão full-hybrid, com base na motorização 1.6, 145 cv e caixa de velocidades multimodo.

Em termos de garantias, o Colt usufrui do Compromisso de Serviço da Mitsubishi Motors, que inclui garantia de fábrica de cinco anos/100 000 km, garantia anticorrosão de 12 anos e cinco anos de assistência em viagem (Pacote de Assistência da Mitsubishi Motors).

Dois motores a combustão, 65 e 90 cv, consumos simpáticos (5,2 l/100 Km) e aí temos um Clio vestido de Mitsubishi Colt, o que, a julgar pelas vendas do ASX/Captur, não parece fazer confusão aos clientes do segmento B – e sobretudo da marca nipónica. Os preços podem começar nos 16 450€.