Cintura alta para uma silhueta que vinca a modernidade das formas (Foto Toyota)

Solução interessante para os grupos ópticos (Foto Toyota)

Traseira combina dois defletores e dispensa limpa-vidros (Foto Toyota)

Cockpit bem estruturado inclui comandos físicos para o ar condicionado (Foto Toyota)

Painel de instrumentos digital é configurável (Foto Toyota)

Consola bem arrumada com punho para o seletor da caixa (Foto Toyota)

Dianteira é inspirada no elétrico BZ e no novo Prius (Foto Toyota)

C-HR iluminado corta as luzes mas não é autorizado em andamento (Foto Toyota)

Jantes em liga podem chegar às 20 polegadas (Foto Toyota)

É diferente mas mantém o estilo arrojado que faz dele um SUV inconfundível. E agora surge com a chancela de “feito e pensado à medida dos europeus”. A segunda geração do Toyota C-HR está aí com nova evolução do sistema híbrido para o motor 1.8, com 140 cv, e um 2.0 PHEV na calha para Fevereiro.

Sempre muito moderno e aquele ar de protótipo rolante, o novo C-HR parece menos agressivo e mais elaborado como que à procura de formas mais consensuais sem perder o arrojo. É menos esquinado e combina arestas e abaulados com engenho.

A frente traz-lhe um novo ar de família, inspirado nas soluções do elétrico BZ e no novo Prius: grelha baixa, faróis originais, muito trabalho aerodinâmico. Bem diferente.

A silhueta, tejadilho ligeiramente arqueado, bordos do capô elevados, mantém os vincos na carroçaria que lhe emprestam compacidade e imagem de força, além de originalidade; a estreia das pegas das portas embutidas ajuda na pureza das formas.

As jantes de 20 polegadas dão-lhe peso e contribuem para uma postura afirmativa. Enfim, a traseira, muito esculpida, deixa ressaltar o óculo muito inclinado (dispensa limpa-vidros!), com a combinação dos defletores cuplos no extremo do tejadilho e no portão, e a luz de extremo a extremo com a inscrição luminosa C-HR, por enquanto proibida em movimento.

Um SUV muito bem trabalhado, mesmo que possa ainda ser considerado muito modernaço por clientes mais conservadores. Os mais jovens vão gostar, provavelmente até da pintura bitom que acompanha a traseira até aos batentes das portas.

Ambiente interior pedia mais atenção aos materiais

No interior esperava mais. A melhoria é clara no design. Painel de instrumentos digital configurável, ecrã central simplificado, consola bem arrumada, botões físicos para o ar condicionado, prático punho para o seletor de marcha, um volante multifunções com boa pega mas comandos a mais, enfim bons bancos para uma condução em posição elevada.

Mais potente, agora com 140 cv, mais europeu, novas linhas mas sempre moderno e arrojado o Toyota C-HR chega à segunda geração com a marca da originalidade e o argumento de um sistema híbrido referencial a juntar à qualidade conhecida

Entre as novidades conta-se um tejadilho panorâmico com películas de baixas emissões e redução de raios infravermelhos que mantêm o calor dentro do habitáculo no inverno e evitam o sobreaquecimento no verão. Isso evita a necessidade de uma persiana convencional: são menos cinco 5 kg e mais 3 cm de altura no interior. Numa primeira experiência pareceu eficaz.

Bem construído como sempre, o C-HR, do meu ponto de vista, merecia mais atenção aos plásticos pouco dúcteis, por exemplo nas portas, e um acabamento mais refinado o que hoje nem parece difícil olhando a alguma concorrência. A imagem merecia mais.

Soluções bitom, também ela arrojodas, reforçam a imagem modernaça do C-HR (Foto Toyota)

No que respeita a espaço, não passamos da vulgaridade. Com a mesma distância entre eixos era difícil fazer melhor, de todo o modo as portas traseiras podiam ter um raio de abertura maior e o vidro lateral, mesmo tendo aumentado continua a ser pequeno… e a custódia muito larga, limitando a visão periférica de quem se senta atrás.

No que respeita à bagageira, não está mal para um híbrido: 388 litros.

Sistema híbrido redesenhado e bateria mais potente

A motorização 1.8 híbrida beneficia do sistema de quinta geração já disponível no Corolla.

Principais componentes do sistema híbrido redesenhados para reduzir tamanho e massa, novas transmissão e unidade de controlo de potência (PCU) e uma bateria de alta tensão mais potente contribuem para um conjunto que ganhou potência e beneficia ainda de uma série de modificações que reduziram o peso bem como de maior eficiência aerodinâmica.

Traduzido em capacidades, tudo isto significa que o novo C-HR, com 140 cv de potência e 185 Nm de binário máximo acelera de 0 a 100 km/h em 9.9 segundos e atinge a velocidade máxima de 175 km/h. A transmissão, como de costume, está a cargo de uma caixa de variação contínua.

Em termos de consumos consoante as versões e o peso (todos pouco acima dos 1 500 kg)  os consumos médios anunciados situam-se entre os 4,7/4,8 litros/100 km e as emissões de CO2 entre 105/110 g/km.

Ao volante, numa curta experiência, continuou a surpreender a capacidade de regeneração do sistema híbrido da Toyota que continua a permitir percorrer muitos quilómetros em modo elétrico. O despacho do C-HR é o suficiente para um SUV deste género e a agilidade continua a ser argumento a ter em conta, com a renovada plataforma a dar uma ajuda. A caixa CVT, sempre mais filtrada, continua a deixar a sua marca no ruído de marcha, sempre que é preciso acelerar. Os consumos andaram acima do prometido, mas a maioria do percurso foi cumprido em autoestrada.

As versões são três, Comfort, Square Collection e Lounge e toda a gama estará disponível com o sistema multimédia Toyota Smart Connect, incluindo (de acordo com nível de equipamento) um ecrã tátil de 8 ou de 12,3 polegadas, agente de voz a bordo e conectividade para smartphone via Apple CarPlay (sem fios) ou Android Auto.

Todos os C-HR beneficiarão ainda do mais recente conjunto de recursos de segurança ativa e de assistência ao condutor do Toyota Safety Sense. A sua intervenção e funcionalidades foram ampliadas para assegurar maior proteção contra muitos riscos de acidentes comuns e para reduzir a pressão sobre o condutor. Para maior comodidade, futuras atualizações de software do sistema podem ser fornecidas pelo ar.

Quanto a preços: Comfort, 36 900€: Square Collection, 40 800€; Lounge 43 360€.

Enfim, mais potente, agora com 140 cv, mais europeu, novas linhas mas sempre moderno e arrojado o Toyota C-HR chega à segunda geração com a marca da originalidade e o argumento de um sistema híbrido referencial a juntar à qualidade conhecida.

A garantia continua a ser de dez anos ou 200 000 quilómetros.

A versão PHEV, com motor 2.0 e 223 cv de potência e autonomia elétrica pr0metida de 66 quilómetros (bateria de 13,6 kWh), será comercializada a partir do final de Fevereiro. Ainda não há preço.