Depois do elétrico, o plug-in com motor rotativo (Foto Mazda)

Versão especial, Edition R, tem pintura biton exclusiva (Foto Mazda)

Traseira acentua boa postura (Foto Mazda)

Interior conhecido, com a curiosidade da presença da cortiça (Foto Mazda)

Painel de instrumentos ainda analógico (Foto Mazda)

Mantém-se o tradicional e pequeno ecrã central, também comandado na consola (Foto Mazda)

Outro ecrã, agregado à consola, para a climatização (Foto Mazda)

Consola flutuante integra comando dos modos de condução, travão de parque e controlos do ecrã e do volume do rádio, além do seletor de marcha (Foto Mazda)

Habitáculo simpático, acanhado atrás (Foto Mazda)

Óticas dianteiras muito simples e originais (Foto Mazda)

Luzes traseiras como que replicam solução dianteira (Foto Mazda)

Solução interessante para decorar a custódia (Foto Mazda)

Jantes, estas do Edition R, distinguem as cinco versões (Foto Mazda)

Designação para uma inédita solução plug-in (Foto Mazda)

Sempre na rota das originalidades, a Mazda propõe uma nova forma de ser Plug-in, combinando um recuperado propulsor de pistão rotativo e um motor elétrico, sempre o modo de tração. O MX 30 e-Skyactiv R-EV recupera a carroçaria do cem por cento elétrico e promete uma autonomia de 85 quilómetros com emissões zero e 600 quilómetros em utilização híbrida. Tem preços a partir dos 40 972€.

Quer por ser limitada a autonomia do seu elétrico como por a solução plug-in ter muitos adeptos, a Mazda avança com este aposta que vai ao baú recuperar o motor de pistão rotativo usado pela última vez no RX-8. Agora temos um Wankel monorotor com 828 cc (74 cv e 116 N/m), construído em alumínio, muito leve e pequeno, acoplado a um motor elétrico e que funciona como gerador deste. O conjunto motriz não passa dos 84 cm, cabe sem dificuldades sob o capô e atua nas rodas dianteiras. A bateria, sob o pavimento, é de iões de lítio, tem a capacidade 17,8 kWh e permite carga rápida até 1500 W.

Por isso, segundo a Mazda, utilizando uma unidade de carregamento rápido de 36 kW+, a bateria pode ser levada dos 20 aos 80% da capacidade em, aproximadamente, 25 minutos. Com carregamento normal (AC) trifásico de 11 kW são precisos cerca de 50 minutos. O carregamento normal (AC) monofásico a 7,2 kW demorará cerca de hora e meia.

Três modos de condução e sempre tração elétrica

A inédita solução leva a um SUV que tem sempre tração elétrica dianteira, gerida por três modos de condução: EV, o modo cem por cento elétrico, promete interessantes valores de autonomia – 85 quilómetros (110 em ciclo urbano); Normal, um híbrido que permite viagens até 600 quilómetros usando também os 50 litros de gasolina do depósito; Charge, a solução que permite carregar em andamento a qual, além de aumentar o ruído a bordo, aumenta, naturalmente o consumo –opção pouco convidativa. Como num elétrico, temos transmissão de velocidade única e patilhas no volante para gerir a travagem regenerativa, no caso através de cinco níveis.

PHEV original, com recurso a um motor Wankel, o Plug-in que a Mazda desenvolveu sobre o elétrico MX-30 é uma originalidade que merece análise em termos de resultados práticos, sobretudo quanto aos 85/110 quilómetros de autonomia com emissões zero. O mais é um SUV conhecido que merecia outra habitabilidade atrás, apesar das dimensões

Como explica a marca nipónica, o gerador será ativado quando a carga da bateria descer do nível de reserva especificado e irá carregar e depois manter o nível definido. Quando a carga da estiver superar esse valor, o veículo funcionará num modo equivalente ao Normal até que a bateria baixe ao nível especificado. Utilizará, então, o gerador do motor rotativo para manter a bateria nesse patamar.”

Sem pilar central, quatro portas, mais pequenas as traseiras, “suicidas” e de operação menos prática (Foto Mazda)

Em termos de potência, este Mazda consegue um máximo de 170 cv e 260 Nm, os valores do motor elétrico. Em termos de prestações a aceleração 0-100 faz-se em 9,1 segundos e a velocidade máxima, em qualquer dos modos, é de 140 km/h. As emissões de CO2 ficam-se pelos 21 g/km. Quanto a consumos ponderados, anunciam-se  1l/100 km / 17,5 kWh/100 km. Talvez muito otimista o valor relativo à gasolina…

A imagem é conhecida do elétrico MX-30. Ausência de pilar central e portas de abertura oposta ou Freestyle, como lhes chama a marca, dianteira de rompimento com o estilo de família, perfil muito limpo, tejadilho descende para uma traseira também ela simples. Original e diferente tem proporções equilibradas: 4,39 m de comprimento, 1,79 de largura e 1,55 de altura.

E tudo isto se repercute no interior, no qual pontifica uma consola flutuante, passa a haver dois ecrãs, sendo que o segundo, baixo, representa a digitalização dos comandos do ar condicionado. Tecidos reciclados nas portas, recurso à cortiça (portuguesa) nalgumas superfícies, design moderno e fluido oferece um ambiente interessante, sem as futurices desnecessárias.

O espaço é o suficiente à frente, acanhado atrás. Aqui, o acesso torna-se diferente e pouco prático, por via da porta mais pequena que abre para trás e só funciona uma vez aberta a porta dianteira, pois o fecho está por dentro. A altura do tejadilho e a solução das duas janelas, em resultado da dimensão da porta traseira, também pesam no conforto atrás.

A gama contempla cinco níveis de equipamento – Prime Line, Exclusive Line, Advantage, Makoto e Edition R  – com várias configurações e preços entre os 40 972€ e os 46 472 €.

Cinco versões e muitas variantes

Todas as versões do Mazda MX-30 e-Skyactiv R-EV apresentam o símbolo do rotor nos guarda-lamas dianteiros e a referência e-Skyactiv R-EV no portão da bagageira, além de pormenores em cortiça portuguesa. Um conjunto de jantes exclusivas diferenciam as cinco escolhas. A exclusiva Edition R é bicolor (Maroon Rouge) e os interiores são maioritariamente revestidos a pele sintética preta com detalhes como a assinatura Edition R e o símbolo do rotor nos recostos de cabeça e nos tepetes debruados a branco.

Uma primeira experiência ao volante deu para confirmar as caraterísticas de guiabilidade próprias da marca, um simpático nível de conforto, também acústico, ligeiramente quebrado quando se força a entrada em funcionamento do motor térmico. Ensaio mais demorado permitirá, em breve, análise aprofundada, sobre a validade da solução.

PHEV original, com recurso a um motor Wankel, o Plug-in que a Mazda desenvolveu sobre o elétrico MX-30 é uma originalidade que merece análise em termos de resultados práticos, sobretudo quanto aos 85/110 quilómetros de autonomia com emissões zero. O mais é um SUV conhecido que merecia outra habitabilidade atrás, apesar das dimensões.