Rosto renovado, a mesma personalidade germânica (Foto Stellantis)

Solução muito identitária do Astra para a traseira (Foto Stellantis)

Mais mala e versatilidade numa carrinha à altura da tradição (Foto Stellantis)

Tudo quanto é preciso para rentabilizar o espaço (Foto Stellantis)

Na formação de cinco lugares, espaço bastante na bagageira (Foto Stellantis)

Caixa de seis velocidades manual para os mais tradicionalistas (Foto Stellantis)

Duplo ecrã do Pure Panel faz a diferença no interior (Foto Stellantis)

Iluminação Full LED automática é mais valia (Foto Stellantis)

A mesma solução original para a luz de travagem (Foto Stellantis)

Pinhtura bitom e tejadilho night sky na oferta (Foto Stellantis)

Faltava-me guiar a versão três cilindros 1.2T de 130 cv e caixa manual do Opel Astra Tourer. É a opção mais barata e conservadora desta carrinha com tradição e saí com aquela sensação de que a marca alemã não trai as melhores expetativas. Pedir mais parece-me fugir da realidade, atendendo a um preço que arranca nos 29 380€.

Sabendo o que a entrada na Stellantis significou para a marca alemã, é agradável poder dizer que o Astra continua a ser um Opel e a manter uma certa filosofia germânica, apesar de ter na base o Peugeot 308. E a propósito desta “escola” e da origem, registe-se que o ADN não deixa dúvidas, designadamente através de uma suspensão firme, a qual, fiel a uma relação eficaz com nível de conforto menos absorvente sem prejudicar a comodidade, garante condução agradável em resultado de um forma de pisar e curvar muito própria do emblema de Russelsheim, que leva a tendência subvirante até ao limite do aceitável “autorizado” pelo ESP.

Obviamente, este não é um automóvel destinado a grandes prestações, mas o três cilindros turbo de 130 cv e 230 Nm de binário máximo, conhecido de outras marcas do grupo, é geniquento q.b., acelera dos 0 aos 100 na casa dos 10 segundos e consegue uma velocidade de ponta de 210 km/h. É o bastante para o condutor de um carinha que rola rápido, ultrapassa sem dificuldades e inspira confiança. Uma direção bem equilibrada (menos direta do que se esperaria) e travões à medida do necessário contribuem para fortalecer e sensação de segurança na condução. A caixa de velocidades, além de fácil de “passar” tem escalonamento adequado para utilização despreocupada.

Em termos de consumos, fui além dos números prometidos (5,7 l/100 km), mas, sem grandes preocupações, rodando a 120 nas autoestradas e respeitando os limites, sem ritmos de adormecer, consegui 6,7 em 150 quilómetros, exatamente o mesmo que o computador de bordo registava para um acumulado de 1170 quilómetros. Do meu ponto de vista, aceitável.

À altura da tradição Opel, a carrinha Astra Sports Tourer apresenta estética interessante, é versátil, honesta no espaço, bem equipada, tem construção de bom nível, um motor três cilindros 1.2 Turbo de 130 cv equilibrado e resultados de consumo aceitáveis. Preço sempre concorrencial.

São mais 26,8 cm de comprimento (4,642 m) e 9 mm em altura, além de 5,7 cm de acréscimo na distância entre eixos face ao modelo dois volumes do qual herda a nova marca registada do construtor, a frente negra do Opel Vizor, aqui com alguns rasgos, Pode ser bicolor e a silhueta até aproveita a dimensão das portas. Na traseira, curioso é que a diferença do portão se resume praticamente à inclusão da chapa de matrícula, transferida do para-choques, o que permite – e saúda-se – um rebaixamento do plano de acesso. Mas á verdade é que em tem termos e imagem, era difícil ser mais Astra! Interessante.

Bem lançada, como é tradicional, construída sobre a plataforma EMP2 (a mesma do Peugeot 308), a Sports Tourer reserva o ganho em espaço para a bagageira. A capacidade é de uns significativos 597/1 634 litros. A caixa de transporte tem 1,03 de largura e de comprimento e o vão conseguido com o rebatimento dos bancos (40x20x40) atinge 1,85 metros, valor interessante para uma carrinha deste segmento. O fundo permite criar dois níveis e está preparado para receber o enrolador da chapeleira de correr – prático!

Moderna, bem proporcionada, toque desportivo, uma carrinha que mantém o ADN (Foto Stellantis)

E termos de habitabilidade, as quotas equivalem às do Astra, mas o ligeiro aumento da altura faz-se sentir, especialmente na facilidade de acesso ao habitáculo.

No interior, como está vem de ver temos um Astra sem tirar nem pôr e, neste caso, a imagem moderna e tecnológica do Pure Panel, solução que combina painel de instrumentos e ecrã tátil, orientado para o condutor (são duas peças unidas), tudo digital, claro, mas salvaguardando a existência de vários botões de atalho, designadamente para a climatização. Diferença, o seletor da caixa manual…

A nova geração de sistemas de informação e conectividade multimédia pode ser conectada aos sistemas Apple CarPlay e Android Auto através de uma ligação sem fios.

No que respeita à qualidade, o padrão Opel, com recurso a materiais que privilegiam o plástico e lhe trazem alguma frieza, ainda que com um nível de qualidade e acabamento próprio da “escola” alemã.

A versão que conduzi foi uma bem equipada GS, que nem dispensava 4 000€ de opcionais. Pontificam os faróis Full LED com controlo automático, bancos dianteiros e volante aquecidos, entrada e arranque sem chave, ar condicionado automático, consola com apoio de braços, cruise control adaptativo e adaptação inteligente de velocidade, travagem automática de emergência, pedaleira desportiva, Pure Panel com rádio multimédia, jantes em liga de 17 polegadas. Nos opcionais, registo para a navegação, teto de abrir elétrico panorâmico, navegação, carregador wireless, estofos de alcantara e pele, portão da bagageira elétrico e jantes de 18 polegadas. Faz sempre diferença…

À altura da tradição Opel, a carrinha Astra Sports Tourer apresenta estética interessante, é versátil, honesta no espaço, bem equipada, tem construção de bom nível, um motor três cilindros 1.2 Turbo de 130 cv equilibrado e resultados de consumo aceitáveis. Preço sempre concorrencial.

FICHA TÉCNICA

Opel Astra Sports Tourer GS 1.2T 130CV S/S CM6

Motor: 1199 cc, três cilindros, Turbo

Potência: 130cv/5 500rpm

Binário máximo: 230 Nm

Transmissão: caixa manual de seis velocidades

Aceleração 0-100: ND

Velocidade máxima: 210 km/h

Consumo: combinado – 5,7 l/100 km

Emissões CO2: 128 g/km

Dimensões: c/l/a – 4,391/1,860/1,465 m

Peso: 1 449 kg

Bagageira: 597/1 634 litros

Preço: versão ensaiada, 37 485€; desde, 33 380€; entrada de gama 29 380€